It’s me, contador!
Em uma das reuniões familiares, em que todo mundo se mistura e em meio a tanta bagunça, todos se entendem e se divertem, tive a alegria de voltar a minha infância quando uma das crianças da família me convidou para jogar Mario Bros em uma dessas plataformas atuais de videogame.
Para meu grande espanto, a realidade das cores, texturas, luzes e sons imitavam a vida real!
Enquanto observava a nova realidade, tive um momento de devaneio. Voltei apenas uns poucos anos de vida e lembrei-me que os jogos da minha infância eram compostos por personagens e ambientes quadrados, imitando mais os desenhos que eu rabiscava nas folhas de caderno.
Foi uma tarde bem agradável, cheio de atos heroicos para salvar a princesa do jogo, em que pude além de ficar atualizado com a nova realidade dos games, pude refletir o quanto estamos evoluindo com a nossa contabilidade.
Os games nem sempre foram interativos e realistas como são agora, para saber disso basta conhecer os primeiros jogos da década de 70 e 80.
Nesse período nossa contabilidade estava longe de ser tão valorizada como nos momentos atuais. Claro que sei o quanto ainda temos que agregar valor a nossa profissão!
Mas, no período em que o bigodudo Mario Bros de 1983, não era nada encantador em comparação aos aperfeiçoamentos visuais dos players atuais, a figura do contador estava mais voltada para guardador de livros, gerador de guias, ficando para pouquíssimos a figura do profissional dotado de conhecimento para auxiliar no crescimento econômico e financeiro das empresas.
Nossa profissão ganhou mais pixels (1) e evoluímos para mais de uma dimensão. As informações estão mais tempestivas e acessíveis, o desenvolvimento dos softwares nos proporciona agilidade na codificação das informações, temos acesso a cursos de especialização e muitos outros pontos que agregam valor.
O ambiente econômico necessita das nossas interpretações e orientações para amenizar as dores vividas por cada gestor em decorrência das intempéries do mercado.
O campo tributário cada vez mais subjetivo e formado de tantos retalhos agride ferozmente as disponibilidades dos nossos clientes, cabendo a nós analisar o melhor caminho legal para reduzir suas sangrias.
Como os games evoluíram imitando a vida real, o mercado como um todo está necessitando da evolução, conhecimento e follow up dos contadores para salvar seus patrimônios.
Somos heróis dos patrimônios dos nossos clientes (suas princesas)!
Por isso, como o bigodudo Mario, ao ser chamado para salvar sua princesa enchia o peito e gritava em alta voz “It’s me, Mario” (Sou eu, Mario), façamos nós também.
Quando as empresas necessitarem do nosso know how para serem salvas de um mercado cada vez mais aguerrido, respondemos em alta voz “It’s me, Contador” – Sou eu, Contador!
(1) é o menor ponto que forma uma imagem digital, sendo que o conjunto de milhares de pixels formam a imagem inteira
Por Antonio Macário da Silva Lopes, Contador da Adamanto Contabilidade e Especialista em Contabilidade e Planejamento Tributário, com MBA em Consultoria e Gestão de Negócios.
Fonte: http://tvclassecontabil.com.br/
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