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Contabilidade online é ilegal? A empresa Contabilizei foi denuncia. A contabilidade vai acabar…

14 outubro 2016

Computador mais antigo do mundo digital volta a funcionar em Museu
Redução dos custos, aumento da produtividade dos funcionários, aproveitamento dos dispositivos móveis e plataformas digitais, e integração com a nuvem. Tudo isso já é uma realidade para alguns escritórios de contabilidade. E quando um único escritório de contabilidade oferece essa gama de facilidades para empresas de todo país, é ilegal? É concorrência desleal? É contra o código de ética da profissão contábil ou faz parte do que chamamos de “Lei da Oferta e Procura”? 
Alguns dos nossos leitores nos enviaram uma notícia que circula na internet com informações de denúncias contra a empresa Contabilizei, um escritório contábil online que oferece serviços especializados em todo Brasil por valores extremamente baixos em comparação aos honorários dos escritórios físicos. As informações que apresentaremos a seguir foram coletadas do portal contábeis e reproduzidas aqui, porém acrescentamos a posição da empresa Contabilizei que nos respondeu através de sua Assessoria de Imprensa. Segue:

Do Portal Contábeis – Segundo informações obtidas, a Contabilizei (https://www.contabilizei.com.br), empresa que vem oferecendo “serviços contábeis” para micro e pequenas empresas em todo o país, foi denunciada ao CFC – Conselho Federal de Contabilidade; CRC-SP – Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo; FENACON – Federação Nacional das Empresas MP-SP – Ministério Público do Estado de São Paulo e MP-PR – Ministério Público do Estado do Paraná.

A informação obtida é que a empresa, que recentemente recebeu aportes de capital de empresas estrangeiras, em valores milionários, aportes estes vedados pela legislação vigente, está sendo alvo de inúmeras denúncias direcionadas aos órgãos mencionados, pela suposta prática de concorrência desleal, violação ao Código de Ética do Conselho Federal de Contabilidade, violação do Decreto Lei nº 9.295/46 e Resolução 1.390/2012 do CFC, do Código de Defesa do Consumidor, dentre outras.
As denúncias demonstram que a empresa vem captando aportes de terceiros, que figuram como sócios de fato da empresa e possuem participação no negócio de forma ilegal, haja vista que não são devidamente registrados no Conselho Regional de Contabilidade, conforme prevê a legislação vigente, Resolução 1.390/2012 do CFC
Cumpre mencionar que a Contabilizei vem atingindo grande mercado por todo o Brasil, em decorrência dos aportes recebidos e sua forma de atuação, sendo que a própria empresa divulgou, por meio de seu sócio proprietário, informações quanto ao elevado crescimento da empresa no ano de 2015 e perspectiva de aumento do seu mercado consumidor, que pode ser acessado através do link: http://pdfsr.com/pdf/e-mail-vitor-torres-2.pdf.
Outra informação relevante constante nas denúncias é de que serviços contábeis contratados com a Contabilizei estão sendo executados por empresa não contábil, que também não possui o devido registro no Conselho Regional de Contabilidade. Nota da TV Classe Contábil: abaixo a empresa apresenta link para acesso a certidão de regularidade junto ao CRC-PR.
Em razão das denúncias, foram abertos processos administrativos de fiscalização para apuração das irregularidades.
Em suma, as condutas ilegais denunciadas dizem respeito:
a) propaganda enganosa supostamente realizada, em virtude dos valores anunciados não serem os realmente cobrados;
b) propaganda enganosa com relação à abertura gratuita de empresas, considerando que a empresa cobra pelo serviço;
c) concorrência desleal em virtude da captação de clientela alheia através da propaganda enganosa;
d) transferência de serviços contábeis para empresas que não possuem registro no CRC;
e) violação às normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, em razão da existência de empresas sócias de fato que não possuem o devido registro no CRC;
f) configuração de venda casada, visto que a Contabilizei na contratação com o cliente firma dois contratos, um de tecnologia e outro de contabilidade;
g) dentre outras condutas reprováveis.
O que se percebe é que a classe contabilista, ao notar a atuação ilegal da Contabilizei, vem realizando as denúncias, como era de se esperar de uma classe unida e que vem sendo prejudicada em virtude dos atos praticados pela Contabilizei.
Ainda, foram realizadas denúncias também por parte de consumidores, insatisfeitos com os serviços prestados e valores que vêm sendo cobrados, considerando que o marketing realizado seria enganoso, já que a empresa estaria cobrando valores superiores ao anunciado, e supostamente prestando serviços que não contam com a qualidade esperada, como é possível verificar nos inúmeros casos de reclamações no
Reclame Aqui.com.br.
Assim, verifica-se que a Contabilizei, em razão da suposta prática de atos violadores das normas vigentes, está sendo alvo de investigação por diversos órgãos, sendo que a união da classe contabilista pode ser fator determinante para o deslinde das investigações, sendo obrigação dos contabilistas e empresas de contabilidade contribuírem com os órgãos fiscalizadores.

Segue a resposta da empresa:

“A Contabilizei atua de maneira regular no mercado de contabilidade desde que iniciou suas operações oficialmente em 2014, e está devidamente registrada no Conselho Regional de Contabilidade, exercendo suas atividades dentro dos limites previstos em lei. A consulta de regularidade, inclusive, é disponibilizada pela empresa em seu próprio site através do link https://www.contabilizei.com.br/seguranca-contabilidade-online/ . A empresa também informa que possui parecer de fiscalização do CRC, onde foi constatada a regularidade de seus serviços de contabilidade, o que assegura seu pleno funcionamento nos atuais moldes operacionais.” 

Perguntamos mais uma vez se a empresa teria uma resposta sobre os processos elencados na matéria do portal contábeis e a resposta foi: “Sobre os processos, a Contabilizei não irá se pronunciar.” 

Não estamos aqui para criticar e reforçar as denúncias em desfavor da empresa Contabilizei, mas tão somente para noticiar, entretanto, todavia, vale ressaltar que a Contabilizei é uma empresa que nasceu de uma ideia inovadora e assim como seus fundadores existem mais pessoas de olho no mercado gigantesco da contabilidade. Quem não estiver antenado vai ficar olhando mais e mais empresas como a Contabilizei nascendo e gerando bons lucros e mudando radicalmente o setor. Acreditamos que a ideia da Contabilizei é uma semente que pode, quem sabe, talvez acelerar o processo de enterro da estrutura corporativista de sindicatos, federações… Não temos dúvidas, a inovação incomoda e vai derrubar muitas estruturas que atrapalham o mercado.

Recentemente o jornal o Globo publicou uma reportagem onde a Ernst & Young listou profissões que devem sumir do mapa. De acordo com uma análise feita pela Consultoria, com base em diversos estudos, até 2025 um em cada três postos de trabalho devem ser substituídos por tecnologia inteligente. Em nove anos, há previsão da possível extinção de profissões operacionais e segunda a reportagem, erroneamente incluíram o contador. Não sabemos se por pressão das autoridades da classe ou por se tratar efetivamente de um erro de interpretação, só sabemos que a reportagem publicou nota retificando e excluindo a profissão contábil da lista dos dinossauros. É claro que a profissão não vai acabar, entretanto, todavia, abra seu olho, pois isto é só um sinal. Cada vez mais os contadores transferem informações para órgãos como Receita Federal. A parceria Conselhos de Contabilidade e órgãos públicos com a RFB pode ser boa e atender algumas demandas, mas no final das contas quem ganha mais é a Receita. Tudo isso, assim como os escritórios contábeis online, é realidade e vieram para ficar, só resta uma coisa: estudar e se preparar para ser menos braçal e mais intelectual, em suma, se tornar um Consultor e vender inteligência, pois a máquina vai comer seu emprego.

Veja parte da reportagem do Globo:

NOTA DA REDAÇÃO: A Ernst & Young (EY) enviou comunicado afirmando que traduziu erradamente o material utilizado como base nesta matéria. Segundo eles, houve uma imprecisão na tradução do material, pela EY, que utilizou o termo “contador” para a expressão inglesa “tax preparer” (preparador de obrigações fiscais do Imposto de Renda e demais tributos).

Veja a nota na íntegra: Sobre a reportagem “Consultoria lista profissões que devem sumir do mapa em 2025”, publicada no Jornal O Globo, de domingo (18/9), baseada em análise da Ernst & Young (EY) sobre as profissões mais afetadas, e aquelas que têm maiores chances de se desenvolver, a consultoria esclarece que houve uma imprecisão na tradução do material, pela EY, que utilizou o termo “contador” para a expressão inglesa “tax preparer” (preparador de obrigações fiscais do Imposto de Renda e demais tributos). O tax preparer é um profissional que hoje atua na extração de informações do sistema da empresa e insere em um sistema específico do Fisco. Acreditamos que esse processo será realizado automaticamente pelo Fisco no futuro.O posicionamento da EY é que todas as profissões existentes passam hoje por um intenso processo de transformação, o que logicamente engloba a de Contador.
Reforçamos que a crença da empresa é que a contabilidade segue como promissora carreira. Afinal, os contadores do futuro terão o desafio de navegar por novas tecnologias e lidar com uma quantidade de informações sem precedentes – gerada pela Internet das Coisas e pela revolução digital. A estes profissionais caberá a função de extrair, desde o Big Data, os dados mais relevantes e fidedignos em conformidade com as necessidades de cada negócio. Sua contribuição será, portanto, a de sempre conferir inteligência, relevância e transparência para o bom funcionamento das empresas, governos e entidades do Terceiro Setor.

Momento reflexão…  
A foto que ilustra esta matéria é do primeiro computador do mundo, uma máquina de mais de 2 toneladas batizada como “The Witch” (“A Bruxa”), voltou a ser ligado em 20/11/2012, no Reino Unido, onde será exposto como peça de museu após um reparo de três anos.

Em cerimônia no Museu Nacional do Computador em Buckinghamshire (centro da Inglaterra), vários dos criadores da histórica peça, assim como estudantes que aprenderam a programar com ela, apertaram o botão “on”.

Nos anos 50, durante seus dias de glória, “The Witch”, cuja construção começou em 1949, foi a peça central do programa britânico de Pesquisa de Energia Atômica. Sua missão era facilitar o trabalho dos cientistas, realizando de forma eletrônica operações matemáticas que até então deviam ser feitas com simples máquinas de calcular.

Apesar da lentidão de seus primeiros trabalhos – demorava dez segundos para multiplicar dois números -, em pouco tempo ele se transformou em uma peça indispensável e chegou a ser utilizado 80 horas por semana, um recorde para a época.
Quando em 1957 foi superado por computadores mais rápidos e pequenos, foi transferido para a atual Universidade de Wolverhampton (leste da Inglaterra), onde serviu para ensinar os primeiros alunos de informática a programar. De lá, passou para o Museu de Ciência e Indústria de Birmingham, mas no fechamento deste a máquina foi desmontada e levada para um armazém municipal em 1997.
Há três anos, Kevin Murrell, membro do conselho de administração do Museu Nacional do Computador, reconheceu o painel de controle de “The Witch” em uma fotografia tirada por um antiquário de computadores. Após várias viagens ao armazém, a equipe de restauração colocou mãos na massa e em três anos de trabalho conseguiu salvar até 1.390 peças originais.
Compartilhe e deixe seu comentário abaixo. Um abraço da equipe TV Classe Contábil!
 

Fonte: http://tvclassecontabil.com.br/