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O que os clientes ruins têm comum?

18 agosto 2015

Quando procuramos um serviço contábil, assim como para outros serviços profissionais, estamos sempre em busca do melhor profissional, que possa atender todas as nossas necessidades a um preço justo, porém muitas vezes deixamos de observar se somos, da mesma forma, bons clientes. Neste artigo vamos mostrar como ser um bom cliente pode ser proveitoso para sua empresa e o que os clientes ruins têm em comum.
Uma real parceria de trabalho
O serviço de contabilidade para empresas tem uma diferença essencial para muitos outros serviços profissionais, pois não é possível prestar um bom serviço contábil sem ter uma real parceria de trabalho. Em outras atividades, como a profissão jurídica, médicos ou mesmo serviços de publicidade, sempre é necessária uma boa comunicação para entender as necessidades do cliente, porém ainda que o material de trabalho seja pobre, um bom profissional pode ser capaz de alcançar um excelente resultado em muitos casos.
Já o contador não tem condições de chegar a qualquer resultado sem ser alimentado de informações completas, precisas e tempestivas. Em verdade, o contador é parte da equipe de trabalho de sua empresa, ainda que seja terceirizado e não esteja dentro de seu escritório. Ignorar isto fará de você um cliente ruim.
As características do cliente ruim
O cliente ruim é facilmente reconhecível pelas seguintes marcantes características:
• acredita que o contador trabalha somente para o governo
• acredita que basta pagar os honorários para que tudo fique perfeito
• acredita que as rotinas solicitadas por seu contador não são importantes
• acredita que não precisa de controles financeiros próprios
• acredita que pode enviar informações fora de prazo sem consequências
• acredita que o contador sempre pode dar um jeito em tudo
Tempo é dinheiro
O que o cliente ruim não percebe é que a terceirização da contabilidade, tal qual se esta fosse executada por profissionais de sua própria empresa, é, em essência, a contratação de horas de um serviço profissional. Para nós, empresários contábeis, trata-se de ratear as horas disponíveis pelo consumo dos clientes. Ocorre que o mercado de contabilidade no Brasil, diferentemente de outros países, não tolera o pagamento dos serviços profissionais por hora, demandando preços fechados em forma de mensalidade, e aí começam os problemas, pois se o preço é um rateio das horas gastas por todos os clientes, no final das contas “os bons pagam pelos maus”.
Como o cliente ruim não tem uma parceria real com o seu contador, ele não se importa se todas as suas ações aumentam extraordinariamente o gasto de horas necessárias para a prestação dos serviço contábeis, ao passo que se o serviço fosse feito por sua equipe própria, ele buscaria otimizar os recursos antes de contratar um novo colaborador, por exemplo.
Diante desta realidade, o escritório contábil que “colecionar” uma carteira com muitos clientes ruins, precisará, em algum momento, tomar uma decisão, se quiser manter a qualidade de seus serviços: ou aumenta o preço da mensalidade para todos, ou se desfaz dos clientes ruins.

A responsabilidade fiscal é do cliente ruim
Outra problema comum aos clientes ruins é que, ainda que o contador se desdobre em tempo e força de trabalho para trabalhar com informações e documentos ruins, não entendem que muitas vezes simplesmente não é possível evitar as penalidades legais. Documentos incorretos, incompletos, recebidos a destempo ou mesmo que nunca chegaram ao contador são comumente motivos para prejuízos, tais como:
• cálculo incorreto dos impostos
• multas por falta de entrega de declarações importantes
• multas por retificação de declarações
• multas por presunção de sonegação, quando não há contabilidade para comprovação de lucro distribuído
Apesar do cliente ruim, tal como já dito, acreditar que que uma vez que ele paga a mensalidade todos os problemas e responsabilidade foram transferidos para o contador, isso não é verdade! Perante a Receita Federal, bem como as receitas estaduais e municipais, o responsável fiscal será sempre o contribuinte, bem como o devedor dos impostos e multas. O contador poderá ser responsabilizado somente por falha na execução do seu trabalho, porém, sua responsabilidade está diretamente relacionada aos documentos de base da sua escrituração. Impostos apurados com base em documentos ruins e contabilidade com falhas advindas dos documentos de base com problemas são de responsabilidades do empresário.

O contador bom está escolhendo seus clientes
Em tempos de crise econômica, esta frase parece não estar no lugar certo, porém nesses períodos é quando o empresário precisa otimizar ao máximo o seu negócio para se manter no mercado. Neste momento, a melhor coisa a se fazer, é “enxugar” a empresa e voltar seu foco para os clientes bons, que permitem diminuição de custos e diminuição de riscos de dor de cabeça. O contador prudente se nega a assinar balanços em que se saiba que faltam informações essenciais e não entrega declarações que sabe que não correspondem à realidade, transferindo a responsabilidade para o cliente.
Seja um bom cliente
Se você se identificou neste texto, saiba que sempre é tempo de mudar. O primeiro passo para ser um bom cliente é ter um bom contador, com o qual você se sinta confortável para formar uma parceria, e que lhe oriente adequadamente para que você possa ter seus documentos perfeitamente em ordem.
É necessário iniciar um processo de mudança, de dentro para fora da empresa. Se você quer ter uma empresa com sucesso de longo prazo, precisa se preocupar com educação financeira. Recomendo bastante este vídeo do Gabriel Gaspar, é um excelente ponto de partida.
O bom cliente tem controle financeiro, faz conciliação bancária regularmente e pergunta sempre que tem dúvidas, buscando sempre saber quais são os controles e procedimentos necessários para nunca ter problemas.
Em um mercado escasso, os bons clientes sempre terão mais força para superar as crises!
Fonte: Nibo
Fonte: http://tvclassecontabil.com.br/